A Busca Pelo Homem Inatingível

Nossa busca incansável pelo tal homem inatingível começa desde o primeiro beijo, antes mesmo de se chegar a adolescência e essa tal busca termina antes mesmo de nós nos darmos conta de que esse cara pode não existir.


Essa regra não se aplica a todas as mulheres, pois muitas delas esperando ou não esse homem perfeito acabam o encontrando ou simplesmente tropeçando com ele antes mesmo de sentirem o sabor da dor, por não tê-lo encontrado. Ou por ser enganada pelos que mentem, enganam, se aproveitam, agridem, maltratam...


Porém em sua maioria nós mulheres por demorarmos a encontrá-lo, acabamos nos desiludindo com qualquer homem que possa vir a entrar em nossas vidas.


E quando não se dá certo, sempre buscamos tentar novamente.


Até que é chegado o dia que não queremos mais nos envolver com homens errados. Por estarmos cansadas de tanta falsidade e ilusão.


Contudo a todo instante continuamos entrando no mesmo dilema quando não dá certo com um, continuamos a tentar. E mesmo que digamos que não queremos mais ninguém, sempre aparece um novo alguém.

Cecília Brito (26/05/2010)

A Espera do Momento que Tirará O Meu Fôlego

Sigo a procura ou espera, com sonhos do homem perfeito e inatingível é que comecei a desiludir...


Com tantos homens despejando em mim o mesmo veneno, fiquei descrente de algum dia poder encontrar esse cara que talvez me surpreenderá.

Mesmo seguindo confusa e temendo encontrar o cara errado, sigo com a temível idéia de ter que continuar sozinha.


Quem diz ter um homem perfeito, eu insisto que é uma difamação insana.Nunca existiu um ser mais perfeito do que Deus. E este não está mais entre nós.

Mas acreditando que existirá um homem capaz de me conquistar, amar, entender, aceitar e respeitar. E que talvez esteja perdido por ai, tentando me encontrar é que eu continuo com a esperança desse encontro.

Busco as palavras certas para decifrar esse tal momento, tão esperado. Mas prefiro a idéia de que terei de sonhar mais vezes e esperar mais uns anos, quem sabe...

Cecília Brito (23/05/2010)

Ao Meu Primo Walzinho

Que dessa vida nada se leva todos sabemos. Mas isso passa a ficar evidente quando perdemos uma pessoa em especial.



Lembro-me que nada do que passei teve uma dor tão grande quanto este momento. Aprendi isso quando me decepcionei, mas nem se compara com a dor da perda.



Primo, sempre nos lembraremos dos momentos bons, em especial: As piadas que só você sabia contar; as risadas intermináveis; as histórias de terror em frente à fogueira ou lareira, ou antes, de dormir ou no meio do mato ou onde fosse, mas nunca faltavam histórias para você contar; as brincadeiras na salina ou na praia ou nas festas de família; os preparos de uma boa comida japonesa; as festas juninas ou natais ou virada de ano ou aniversário ou... Com tanto que a família estivesse unida. Foram tantos momentos bons que nem tenho mais palavras.



Nunca conhecerei alguém mais doce, amável, sincero, integro risonho, animado, positivo, disposto a viver e a encarar a vida como ela é, mesmo com tanta restrição, como você!



Aprendemos muita coisa ao seu lado.



Espero que com tanta força que você me mostrou em vida, eu siga a linha do seu pensamento e de seus atos: De melhorar a cada minuto e que não existe nada que não podemos fazer ou aprender se simplesmente não se tentar. Mesmo que fique meio torto ou feio, o importante é tentar.



Walzinho estarás para sempre em nossos corações. Te amaremos para sempre!

Cecília Brito

A Eterna Chama

Entre a lenda e a realidade paira uma palavras que é o resumo de uma grande história: Esperança, e diz a lenda que quando Deus desembarcou no bojo de uma estrela o filho - tão pequenino em Sua chegada e tão grande em Seu ofício de ensinar o sentido da vida - acendeu quatro velas iguais e deu-lhes o nome de Paz, Generosidade, Amor e Esperança e disse ao menino que cuidasse para não se apagassem jamais...


Logo, logo a chama da Paz foi diminuíndo, diminuíndo e apagou.


A vela da Generosidade brilhou por algum tempo e foi apagando devagarinho.


A vela do Amor que parecia forte em sua chama azulada, começou a enfraquecer e lentamente se extinguiu.


Restava apenas a quarta vela que ainda continuava acessa mas que já começava a enfraquecer, e antes que a vela da Esperança apagasse, o menino desceu do berço e com ela reacendeu as outras três.


Por isso, a lenda linda dessas quatro velas permanece como uma força que sustenta a sacralidade da vida e, enquanto a Esperança brilhar, todas as luzes do mundo se manterão acesas e o arco-íres se esguerá nos céus como o recanto de amor escrito por Deus em suas sete cores...

Adaptação - Marina Massari

Cravado em meu peito

Em pensar que haveria sentido

Ousar te esperar.

Como pude ser tão burra.

Esse sentimento

Após tantas derrotas

E um longo tempo,

Como pode estar ainda

Cravado em meu peito.

Eu só precisava de um grande amor.

O resto,

Creio que viria

Com o amadurecer do tempo.

Mesmo sentindo medo

De nunca poder saber

Se será como antes.

Nas profundas juras de amor:

Os suspiros,

As caricias,

O amor intenso.

No magnetismo da força

De um corpo chamando o outro.

Os olhares penetrantes,

Uma suposta traição

Dando início ao

Triste pedido de um noivado,

Os sonhos de casamento.

Toda uma promessa de amor

ao vento.

Enquanto isso a lágrima

Se fixa aos olhos.

E enquanto ela não cair sobre minha pele

Vou enjoando rápido demais

Para continuar com meu lamento.

E até achar o tal homem inatingível

Vou experimentando os sabores do gosto

Dos beijos dos errados.

Contudo, nenhum sacia a minha vontade

De querer um amor verdadeiro.

Por isso largo

Tentando não mais me apegar.

E vou seguindo de alguma forma

Aproveitando cada momento

Que se perdido

Rezarei para que a oportunidade

Volte a me encontrar.

A intensidade das minhas palavras

E sentimentos profundos

Não tocam um ser qualquer.

E mostrado assim

De forma aberta e sucinta,

Só entenderá o que souber

O significado da palavra amor.

Cecília Brito (17/05/2010)

Suavidade da Brisa

Sensual maré,
Vivência as flores espumas
De acácias e girassóis planetários
Ao céu de um véu em brisa.

Deslizando como o vento
Nos perfumes lendários que a brisa
Ardente emoção suaviza.

O coração se abre em maçã
Numa sensação fina e doce,
A procura da semente pulsante
Do vai e vem da maré.

Pedaços despedaçando
E a semente se libertando
Num ato repentino,
Formando a equação da vida.

Nessa fórmula nasce um cordão azul
Num aquário sem horizonte
E a imensidão só enxerga
Duas sementes se aglutinando,
E formando uma pérola do amor.

(Rodrigo Poeta e Cecília Brito – 15/05/10)

Delírios da Ansiedade

Perversa, pervertida.
Uma ansiedade que afugenta

Com delírios de amores insanos,

Propostas ardentes,

Amores carentes.


Como pode ser

O amor tão penetrante e duvidoso.

Com propostas de amantes inquietos.


Num mero colapso chega até a convencer

Esse coração devaneio,

Inquieto, inseguro.


O quente do delírio no corpo

Anseia mais uma presa.


As palavras ousadas com tanta precisão

Será este mero ser perdido ou inundando

Com tanta corrupção nos afetos,

Luxuria no prazer,

Selvageria na cama

E dormente aos olhos de quem ama.


Sendo essa a condição

Segue triste, porém realizada.

Mesmo sabendo

Que por um mero momento sentirá prazer.

 

Cecília Brito (14/05/2010)

Doce ilusão

Nesse emaranhado confuso

Tento seguir uma trilha qualquer

Mesmo não sabendo o caminho

Vou sem medo

Sem receio

Sem olhar para trás.

Tento não pensar na decisão

A qual devo tomar.

O mundo esta de ponta cabeça.

O enamorado diz amar.

Declara o seu amor a sua amada

Dizendo coisas belíssimas.

E num mero momento diz coisas vãs

Acreditada, encantada ela é corroída

Quando ouve o vento trazer

A única coisa a qual havia receio.

O sentimento é remessado a muralha com espinhos.

O sangue corre pela vertical

Passando pela junção das pedras

E caule com espinhos

Até inundar o chão.

O cenário mais fúnebre

Que o amor poderia ter.

Ela vê o mundo cair sobre seus olhos,

Chora.

Mas de cabeça erguida

Volta ao ponto inicial.

Num vazio

No frio

Em um lugar que não queria estar.

Segue com mais dias e noites

Nesse vazio.

Tenta ver o futuro,

Só enxerga o ferimento aberto.

Pensa nos planos que fez

Para passar o resto de sua vida com o enamorado.

Pensa estar ficando louca

Tendo alucinações de um sonho

Que ela nunca mais vai ter.

Num caderno fictício

Escreve sobre as marcas deixadas em sua alma.

Tenta encontrar a solução.

Mas vê que todo seu esforço foi em vão.

Então só pensa em tentar fazer o tempo deixar

O esquecimento mudar tudo de novo.

Ainda sim se pergunta

Sendo um dia possível,

O amor se tornar real.

Cecília Brito (05/05/2010)

Conduta e Sonhos

Agente sonha.

Investe nos sonhos.

E quando vemos

Alguém já destruiu todos eles

Antes mesmo de começarem a se realizar.

Falsidade,

Maldade,

Repulsa,

Castigo,

Sentimentos

Ou perda de tempo.

 

Receber uma notícia ruim

Não é o fim do mundo,

Mas quando essa notícia passa a lhe ferir

Ai sim você deve se preocupar.

Sabemos a cada dia sobre corrupções,

Falsidade,

Sarcasmo

E a nossa reação é sempre a mesma

Ficar calados, quietos e não nos meter.

Cada um tem um caráter

Um jeito de levar sua conduta a frente.

Confiando nesse caráter

Passo a ter uma única certeza:

Nada nem ninguém

Vai me impedir de continuar crescendo

E sonhando

Mesmo que acordada.

Cada dia uma batalha

Cada dia um amor

Cada dia um desafio

E eu os encaro.

Mas não venha tentar me decifrar,

Pois isso é a única coisa

A qual eu tenho total certeza

De que você nunca vai conseguir.

Cecília Brito (04/02/2010).

Bocas insanas

Acreditamos em pessoas

Mas elas são apenas coisas.

Rotulamos as coisas

E julgamos as pessoas

Quando deveríamos

Rotular as pessoas

E julgar as coisas.

Confiamos nas pessoas

Tornamo-nos amigos

Até as amamos.

Mas um dia

Quando menos esperamos

Decepcionamos-nos.

O sentimento

É a única coisa que resta

Depois que as pessoas

Abandona-nos.

Sentimento esse que nunca acaba

Nunca seca

Nunca se transforma

E que só incomoda.

Talvez um dia

Ele vá dar conta disso

Pode não estar perto

Podendo até ir além do horizonte

Ao extremo sul

Onde o frio é o insuportável

E a solidão não uma opção.

Mas não poderá ver

Pois não existirá mais nada

Apenas lembranças

Das palavras ditas.

E com certeza

Saberá o quanto deixou de ter

com um simples ato.

Talvez o ato mais sujo

Talvez o mais cruel

Talvez o único que ele possa ter tido

ao perceber que nada podia fazer.

Com as vozes que não queriam calar

Das bocas insanas

A crueldade

O ódio

O mistério de toda uma noite

Foi revelado.

Um pacto foi quebrado


 O amor da bela jovem
Corrompido pelas palavras falsas
De medo
De quem não soube
valorizar um amor
com tanta intensidade.

Cecília Brito (04/05/2010)